quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Capítulo 9: Runaway train (Illinois, Missouri, Arkansas, Texas e Louisiana)

Everybody on board!


Olá galera!! Eu sei que sumi por fucking um mês, mas guess what? I am baaaaack!! Com esse post e tudo. Também pretendo postar um vídeo no canal na sexta à noite!

Eu estava muito estressada e cheia de coisas para resolver: meus dois cursos (um de psicologia e outro sobre história de Nova Iorque) acabando e em época de prova, planejamento de viagem de fim de ano, extensão... agora tá tudo certo (ou quase tudo)! Voltei e agora vaaaaaaaaai.

Bom caríssimos, esse post vai retratar a melhor viagem que eu já fiz nos EUA: Illinois, Missouri, Arkansas, Texas e Louisiana. Cinco estados de uma vez, mas eu quero deixar claro que o que importa não é a quantidade de estado, e sim os destinos principais que eu queria muito visitar, não viajar por viajar. o foco era Chicago (IL), Austin e Dallas (TX) e New Orleans (LA).


A trip aconteceu no início de agosto, ou seja, já faz um tempinho e eu não lembro de todos os detalhes, mas vou tentar transcrever o quanto eu puder.
Ela durou nove dias e foi cansativa pra caramba, mas valeu a pena. Gastei cerca de US$ 800 nela toda.

Eu e minha amissíssima, Cami, quando nos conhecemos em NJ, dissemos que queríamos ir para Chicago, algum lugar do Texas, New Orleans, Denver, Atlanta e Nashville, mas mal sabíamos nós que, de fato, iriamos conseguir viajar juntas mesmo depois da criatura ter que se mudar para a Carolina do Norte (e inclusive irei visitá-la esse final de semana para passar o natal e o ano novo viajando again).


Como boas garotas que somos, resolvemos tirar uma semana de férias juntas, então emendamos dois finais de semanas e cinco dias de férias, o que nos deu nove dias para viajar.

Cada uma pegou um voo de sua respectiva cidade (eu em Filadélfia e ela em Raleigh) e fomos nos encontrar em Chicago, onde nos reunimos com a minha melhor amiga de infância, Prika, que mora lá.


Chegamos em Chicago sábado de manhã e ficamos até segunda a tarde. Fizemos o Museu de Arte de Chicago (US$ 29), o Millennium park, a Logan Fountain, andamos pelo Michigan river, comemos a famosa pizza do Giordano (hmmmm, e ela custa uns US$ 16) e a pipoca gourmet do Garrett durante o sábado, e fomos ao Navy Pier e ao Skydeck (US$ 22) no domingo. 




Não visitei a fábrica de brinquedos, com o monstro na porta, porque não quis andar lá "só" pr'aquilo. E eu fui ao mural escrito "Chicago", mas não achei nada de mais.

Uma dica: eu achei o Skydeck UMA BOSTA AÍ QUE RAIVA E QUE ESTRESSE AQUELA FILA INFERNAL E O POVO MAL EDUCADO, mas é um lugar que vale a pena ir por ser um dos prédios mais altos do mundo e dos Estados Unidos, porém há também o Chicago360 que é muito bonito e parece ser mais tranquilo para visitas. Se você tiver tempo, pode ir nos dois. O Chicago 360 tem um restaurante em um dos últimos andares, então teoricamente você não precisar pagar a mais para ir ao topo.


Fomos ao terminal de trem de Chicago na segunda a tarde e esse seria o momento mais interessante da viagem: cruzaríamos Illinois até o Texas, passando por quatro estados dentro de um vagão, em um trem da companhia Amtrak que tem cozinha, banheiro (sem chuveiro, claro), lounge para você apreciar a vista e cantina para snacks. O preço foi US$ 130 e a viagem durou 36 horas
Tô aqui falando mas uma vez que eu e minha amiga QUISEMOS pegar esse trem pela experiência e o método old school, mas caso você não queira, é fácil achar passagem de avião de Chicago à Austin quase no mesmo valor.

Durante o percurso o maquinista explicou a história de Illinois, a Land of Lincoln, em cada town que passamos, e também deu vários detalhes relevantes sobre as outras cidades dos outros estados.


Você pode descer o trem? Não! Tem paradas? Um monte. Há algumas paradas mais longas, e por mais longas eu digo que são de uns 20 minutos, e elas servem para você esticar a perna, fumar (se for fumante) e sair do ambiente do trem.

Chegando em Missouri, o maquinista continuou explicando algumas coisas sobre os lugares e tivemos uma dessas paradas em Saint Louis (capital do estado). Saímos e respiramos. Tiramos algumas fotos na estação e, por mais e não pudéssemos andar pela cidade, conseguimos ver alguns pontos principais dela, como o Gateway Arch.


Ok, voltamos ao trem e um pouco depois chegamos no estado de Arkansas. Estava escurecendo então não deu para observar muita coisa da janela, mas notamos que o estado é bem matagal (hihihi) e diferente de muitos outros. A parada longa dessa vez foi em Little Rock (também capital), mas não descemos porque era madrugada.


Dormimos e quando acordamos, VOOOOOOOILAAAAÀ! Estávamos no Texas (que emoção!!!!!!!!)!!!! Mais uma vez o querido maquinista explicou muitas coisas sobre o maior estado dos EUA e, uma das coisas mais interessantes que eu achei, foi o que ele falou sobre as plantações e fábricas de café e alguns aspectos da política, como a do ex-presidente Bush (para quem não sabe, o ex-presidente foi governador do estado do Texas). Mas o ápice, o clímax, o momento PICA DAS GALÁXIAS foi que passamos pela casa do filme O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA E POR ESSA EU NÃO ESPERAVA PUTA QUE ME PARIU!!!! 

Sim!!!!! O caminho o trem coincide com o fim do mundo de onde fica a casa, e nós não sabíamos disso, e quando o maquinista falou "if you look to your right you will see the Chain Saw Massacre house, movie from..." eu surtei!!! Óbvio que não tirei muitas fotos e elas não ficaram tão boas, mas tá aí pra vocês verem.


Tá, chega de trem.... agora vamos falar que finalmente, depois de 36h, chegamos à Austin.


Austin, minha cidade preferida até agora. Cheia de música, cultura e gente simpática. Capital dos Texas com comida mexicana e muito churrasco (uma tristeza para uma vegetariana como eu).

O que visitamos foi o capitólio (pois queríamos ver a fotinha do Bush governador lá dentro), a Sixth avenue, que fica e downtown e tem um mooooonte de bar (nosso hostel ficava no centro, em uma travessa da avenida, o nome era Firehorse, super recomendo!), a HOPE Outdoor Gallery (um conjunto de paredes cheias de graffiti), o Wax Monster Museum, um museu de cera de filmes com os monstros dos filmes clássico (US$ 9), o Jardim Botânico (US$ 3) e a Barton Springs Pool (S$ 8), piscina natural que não é tão bonita quanto às outras e fica em frente ao Jardim Botânico. Digo... bonita até que é, mas ela é bem artificial pois não tem limite de visitas por dia, inclusive ela fica fechada para limpeza todas as quinta feiras por conta do número de visitantes semanal.


Boooooooooooooo, Bush!



Eu e minha amiga não conseguimos ir para dois lugares foda: a Jacob's Well e a Hamilton Pool. Não fomos porque não tínhamos carro alugado e essas piscinas naturais ficam a cerca de 1h20 de Austin, mas se você tiver dinheiro e tiver tempo, alugue um carro e vá!! Ademais, você precisa comprar seu ingresso antes quando você vai no auge do verão (na verdade, se eu não me engano, elas ficam abertas só no verão) pois a demanda de visitantes é enorme e, diferente da Barton Springs, eles controlam o tanto de pessoas para não virar zona.

Por fim, o que vale super a pena mencionar: o por do sol na Congress Bridge, batizada por Bat Bridge. Nessa ponte mora a maior colônia de morcegos da América do Norte! Toda noite no por do sol eles saem destino à escuridão. É fantástico. Um dos momentos mais emocionantes da minha estada nos EUA que me fez pensar muito como a natureza é perfeita e agradecer por estar ali naquele momento. 
Tem um vídeo da cena no meu instagram, deêm uma olhada, aqui está o link.


Após dois dias e meio em Austin, pegamos um Megabus e fomos para Dallas. Na verdade nós estávamos em duvida sobre ir ou para Dallas ou para Houston, então vimos que a passagem de avião de Dallas para New Orleans era muito mais barata, por isso fomos pra lá.

A cidade em si é uma graça. Eu gostei muito do DallasFarmer's Market (adoro esses lugares gastronômicos) e o passeio gratuito que é possível fazer pegando um trolley no centro da cidade. O trolley passa por vários lugares interessantes e você pode descer em qualquer parada.



Eu e Cami passamos só um dia lá, então não deu para fazer muita coisa e choveu bastante. Para fugirmos da chuva e vermos algo diferente, visitamos o aquário de Dallas (US$ 21). Achei ele bem legal, mas um pouco bizarro. Não tem só sea animals, mas também algumas espécies de pássaros.


Outro lugar que não fomos mas acho que vale a pena ir é o observatório de Dallas (US$ 16). Ele é bem bonito por fora e por dentro e não é tão alto, então você fica na altura dos outros prédios, ou seja, uma percepção bem diferente do que vemos em observatórios de selvas de pedras que normalmente ficamos acima de tudo.

Tá bom... saindo do Texas e indo para Louisiana. Pegamos um atraso de voo que durou 3h porque estava tendo tempestade em New Orleans e muitos lugares ao redor de lá estavam alagadas (sim, Louisiana tem muito problema com tornados e enchentes, uma pena).

"Ai... que saco esse atraso amiga"
 Depois de muito sofrimento, entramos no avião (e estava uma farofada do caramba com todo mundo estressado e comemorando que iríamos partir - gente bêbada, comendo, criança chorando, aeromoça estressada, comandante descolado...) e voamos.

New Orleans! Chegamos em forma de furacão, querida!!!!!!!!


Passamos nosso último final de semana lá. Uma cidade muito fofa e charmosa. Linda, porém perigosa (tome cuidado se você), mas cheia de história pra contar.
A colonização francesa é muito forte e um lugar que você não pode deixar de ir é o Café du Monde. Lá eles servem a beignet (foto abaixo), uma espécie de croissant muito gostoso e levinho. Além disso, o café é fantástico. Não é tão barato por ser tradicional, mas vale a pena. E eles só aceitam cash!! Portanto não esqueçam de ter dinheiro vivo.


Em Nova Orleans também temos parte do rio Mississipi, o maior rio dos EUA. Ele não é tão bonito na parte da cidade, mas óbvio que andar à beira dele é um must do!!


Fomos ao Museu da Segunda Guerra Mundial. Um museu enorme que conta a história completa da guerra, mas com um clima bem pesado. Pagamos US$ 16.50 na entrada de estudante. Por mais que eu goste de história, não gostei muito do museu porque, como sempre, Estados Unidos seja louvado vencemos a guerra e adoramos nos meter em confusão, e eu não gosto de todo esse tralalá de patriotismo deles, portanto não voltaria.

O meio principal de locomoção de NoLa é o bondinho. Uma gracinha! Ele é bem barato e você pode comprar o passe diário por 3h. Ele te leva para vários lugares importantes, como o museu que falei acima e downtown, e claro, a Bourbon street.


A Bourbon street NUNCA PARA! Não importa quando você for, uma coisa é certa: sempre vai ter um festival lá. Quando fomos teve a Red Dress Run, então todo mundo estava vestindo um vestido vermelho (menos eu e a fofolete da Cami).


Ah, como todo bom brasileiro, há algo que vocês vão gostar desse lugar: você pode beber álcool na rua! Siiiiim! Um grande carnavalzão!

Também fomos em um dos cemitérios mais antigos da cidade, o Lafayette. Eu sei que é estranho, mas é um dos pontos turísticos de lá e há um tour e cemitérios vendido na cidade e tal. Interessantíssimo pros góticos ou adoradores da morte (haha).


Ficamos em um hostel massa, o Auberge NoLa. Pagamos mais ou menos US$ 35 (mesmo valor que em Austin) na estadia e a galera que trabalha lá é super simpática. Eles organizam várias coisas legais para os visitantes e na nossa noite saímos para uma balada na Bourbon street com a galera toda. Tinha uma australiana super falante, um britânico chato pra porra que só bebia cerveja ruim, um outro britânico carente que queria conversar toda a hora, um coreano que fingia que não falava nada de inglês mas ficava só na espreita ouvindo nossas conversas... enfim, impressionante a quantidade de cultura e gente legal em um só lugar. 
O povo ficou triloco na rua e geral se perdeu de todo mundo, mas sobrevivemos e nos reencontramos no hostel. Viva!

Enfim, depois de tudo isso, eu e a Cami almoçamos comidas típicas da cidade (a cidade tem muitos frutos do mar, então eu não pude comer tudo, mas a Cami se esbaldou e engordou 5kg), como  o Cajun, um tipo de camarãozinho deliiiiiiiiicioso e o Jambalaya, que é um tipo de sopa cremosa com uma espécie de linguiça (ou algo do gênero, e o cheiro é ótimo - o gosto também deve ser). Não deixem de comer a comida local! É apetitoso mesmo.

Cajun (em cima) + Jambalaya vegetariano


Outro lugar que vocês não podem deixar de ir é o French Market. É tipo um mercadão com muitos souvenirs e comidas. O crepe acima eu achei lá, hmmmmm.

Domingão voltamos para casa e lá se foi a viagem mais foda que eu fiz nos States, pessoal.

Almoço no trem
Conclusões:
1. Vale a pena tirar nove dias para fazer uma viagem que passa por vários lugares? Sim! Mas lembre-se que o principal é você fazer o que quer. Eu e a Cami queríamos visitar todos esses lugares e por isso otimizamos nosso tempo. Além do mais, você precisa ser organizado senão não vai conseguir fazer tudo .

2. Não me arrependo de ter pego o trem de 36h porque foi foda conhecer tudo o que conheci e as pessoas que conversei na viagem.

3. Faria de novo? Sim. Mas não nos EUA (acho).


Espero do fundo da minh'alma que isso incentive vocês a se aventurarem! Fica aqui registrada a minha experiência e, qualquer coisa, deixem um comentário abaixo ou me chamem por direct no instagram! instragram.com/janaboracini


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